Funções Articulares no Treinamento Funcional: Mobilidade, Estabilidade e Performance
Você já ouviu falar no conceito “joint by joint”? Essa abordagem revolucionária, amplamente difundida por especialistas como Gray Cook, Michael Boyle e aprofundada no Brasil pelo professor Cauê La Scala Teixeira, é um dos pilares do treinamento funcional moderno. Cauê explora com profundidade o papel das articulações no movimento humano e como isso deve orientar a prescrição de exercícios. Neste artigo, vamos entender o que são as funções articulares, como elas se organizam no corpo e por que esse conhecimento é essencial para prevenir lesões, melhorar a performance e promover um movimento mais inteligente e eficiente.
11/2/20252 min read
🔍 O Que São Funções Articulares?
As articulações do nosso corpo não são todas iguais. Cada uma possui uma função primária predominante, que pode ser:
Mobilidade: capacidade de se mover com amplitude e liberdade.
Estabilidade: capacidade de manter o controle e a integridade estrutural durante o movimento.
O conceito “joint by joint” propõe que essas funções se alternam ao longo do corpo, criando uma cadeia funcional que garante equilíbrio, eficiência e segurança nos movimentos.
🧩 A Cadeia Articular: Mobilidade e Estabilidade Intercaladas
Segundo o material de Cauê La Scala, a organização das articulações segue uma lógica de sobreposição funcional. Essa alternância é essencial para garantir que o corpo se mova de forma harmônica. Quando uma articulação falha em sua função primária, outras estruturas compensam — o que pode levar a dores, desconfortos e lesões.
🧠 Por Que Isso é Importante no Treinamento?
Entender as funções articulares permite ao profissional de educação física ou fisioterapeuta prescrever exercícios mais eficazes e seguros. Por exemplo:
Se o quadril (que deveria ser móvel) está rígido, o joelho (que deveria ser estável) pode acabar se movendo em excesso, aumentando o risco de lesões.
Se a escápula não oferece estabilidade, o ombro pode perder eficiência e se tornar vulnerável a lesões.
Portanto, o treino deve enfatizar a função primária de cada articulação, sem ignorar que todas precisam de mobilidade e estabilidade em algum grau.
🏋️♀️ Como Treinar Cada Função?
Para Articulações de Mobilidade:
Movimentos controlados em grandes amplitudes
Exploração de todos os graus de liberdade articular
Exercícios que promovam fluidez e consciência corporal
Exemplo: mobilidade torácica com rotação, agachamentos profundos, mobilizações de quadril e tornozelo.
Para Articulações de Estabilidade:
Uso de cargas transversais para estimular o controle antimovimento
Recursos de instabilidade para desafiar o centro de gravidade
Fortalecimento de músculos estabilizadores profundos
Exemplo: prancha com instabilidade, exercícios unilaterais, ponte com elevação de perna.
🩺 Prevenção de Lesões e Reabilitação
Muitos quadros de dor ou lesão têm origem em disfunções articulares. Um tornozelo rígido pode afetar o joelho. Uma escápula instável pode sobrecarregar o ombro. Por isso, o conhecimento das funções articulares é essencial para:
Avaliar padrões de movimento
Identificar compensações
Prescrever exercícios corretivos
Acelerar a reabilitação e prevenir reincidências
🧭 Conclusão: Movimento com Propósito
O corpo humano é uma máquina complexa e interdependente. Entender as funções articulares é como decifrar o manual de instruções dessa máquina. Com base no conceito “joint by joint” e nas orientações de especialistas, é possível transformar a forma como nos movemos, treinamos e cuidamos da nossa saúde.
Se você está começando a se exercitar ou quer melhorar sua saúde com segurança, entender como o corpo se movimenta é essencial buscar a orientação de um profissional de educação física pode ser o primeiro passo para treinar com mais qualidade, evitar lesões e conquistar mais autonomia e bem-estar no dia a dia.